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08 de outubro de 2010, 9:59

No quesito estratégico do momento político, o uso da ferramenta ainda não agregou valor de fato. Mas a verdadeira revolução humana se dará através da rede e o Brasil tem potencial para conduzir este processo.

Por Klaus Denecke-Rabello

Desde a eleição de Obama especulou-se muito sobre como seria o “efeito Obama” nas próximas eleições brasileiras. Pois bem, as eleições chegaram e o “efeito Obama” não foi sentido – ao menos não na sua magnitude.É como se o furacão fosse perdendo força e chegasse aqui como vendaval; daqueles que mexem, mas nem tanto, com o cabelo laqueado (ou a falta de cabelos, em alguns casos), de alguns candidatos. Outras, prevenidas, preferem andar com o cabelo preso.Fato é que muito se esperou e pouco se viu. São inúmeros os motivos, aqui os dois principais:

  • A realidade democrática é díspare, pois lá nos EUA há necessidade de convencer o eleitor a votar, já que o voto é facultativo; aqui a obrigatoriedade impera.
  • E isto, pode não parecer, muda muito as coisas. Em termos de pensamento e destino político e, consequentemente, em termos de comunicação política.
  • Muda, mas não deveria, pois representa um comodismo que apequena o potencial de relação candidato-eleitor.
  • O crescente número de usuários não reflete um uso costumeiro da internet como meio de interação com assuntos mais sérios; a cultura de interação (participação interativa com o todo) ainda está se consolidando em nosso país quebrando barreiras tecnológicas, educacionais e, principalmente, culturais.

Além da superficialidade da web

O gritante deste processo político é que a utilização da web foi extremamente superficial e conduzida de maneira questionável.Uso de mídia social como monólogo e atualização da agenda é o mínimo: pouco se fez de diferente para explorar o potencial de relacionamento. E quando fora feito, o apelo não fora espalhado devidamente, caso da criação colaborativa de planos de governo de alguns candidatos.Outro erro fundamental foi a pouca convergência de esforços on e offline, mas principalmente em termos de ações digitais, com candidatos chegando a ter três sites distintos e com uma arquitetura da informação que não brinda a disseminação viral.

O (não) uso estratégico das ferramentas

O uso do Twitter também foi aquém, basicamente todos o utilizaram para atualizar sua agenda, como observou minha aluna da ESPM Alice Araújo em seu artigo em nossa #comunadigital: Dilma o utilizou para reforçar elementos de sua campanha; Serra para se humanizar e responder a perguntas; Marina para indicar e ampliar seu arsenal de fontes, mostrando-se bem informada e generosa através da distribuição de links de referência.Destaque para o tucano Serra que seguiu mais pessoas que seus concorrentes, mostrando assim maior interesse: aproveitou o alcance da meta de seguidores e criou o #serraresponde para servir de resposta para o auto-criado #pergunteaoserra.Contudo, são os seguidores e eleitores de Marina que mais têm poder de mobilização, tendo colocado o nome da candidata no TT mundial do Twitter, indicando alta viralidade das hashtags empregadas no movimento entitulado “twittaço” em alusão ao apitaço: #ondaverde e #marina43 figuraram durante inúmeros dias entre os TTs (trending topics) do Twitter.É de Marina Silva também uma ação de incentivo à participação individual, buscando a criação de “casas de Marina”, “comitês” capilar e democraticamente disseminados por todo o Brasil – todavia, quando fui acessar o link, este se encontrava com defeito.A questão a ser levantada aqui é simples: no quesito estratégico do momento político o uso da ferramenta agregou de fato valor? A resposta é um estrondoso não.Dilma poderia ter indicado links para benefícios e conquistas do governo que representa, incluído comparativos com governos anteriores; Serra poderia ter indicado links sobre a importância de suas realizações e de um segundo turno, bem como de suas acusações; Marina deveria ter ressaltado as possibilidades, viabilidades e diferenciais de sua proposta com links para arquivos/sites multimídias que por sua vez deveriam ser propagáveis pela rede.Tweets sobre agenda foram e são tweets nati-mortos.

Cadê o diferencial?

Os nichos foram muito pouco trabalhados e a sedução oriunda dos recursos multimídia, principalmente animações na apresentação, comparação e exposição de propostas, pouquíssimo explorada.A acessibilidade, que deveria ser item básico, uma commodity, se tornou um potencial diferencial pela falta de preocupação dos sites oficiais com o acesso universal garantido na constituição, como vemos na pesquisa da Acesso Digital que analisa os sites dos candidatos.O território livre e “sem lei” da web deu margem para vídeos-denúncia e muita mobilização militante, bem como ao debate com comentários em tempo real via Twitter, municiado pelo mesmo material retrocitado.Importante ressaltar que ao invés de se utilizar a web como Ágora grega do debate, a maioria se fechou em suas posições e ficou no monólogo da acusação e reafirmação de voto, repetindo os discursos oficiais e da grande mídia.Aliás, o tema “liberdade de expressão” foi o que mais gerou embates e manifestações, pouco fundamentados na causa em si e em seu aspecto filosófico-conceitual e mais representantes dos partidos e interesses defendidos.Candidatos com pouco tempo de mídia tradicional aproveitaram para usar o espaço virtualmente ilimitado para aprofundar suas propostas; mas me parece que faltou captar o diálogo e convergir as manifestações populares e espontâneas, bem como responder aos contatos feitos: a mim ao menos ficaram faltando retornos quanto à DMs no Twitter, postagens no Mural do Facebook e nas mensagens privadas desta rede social.O uso de aplicativos do Facebook e do Orkut é fundamental e foi explorado, mas poderia ser mais lapidado, dando atenção à estética e ao uso de ferramentas que já caíram no gosto dos usuários, como o quiz, por exemplo, além de se utilizar linguagens mais jovens, como a web pede.Faltou também visão estratégica para usar serviços mais atuais como os geolocalizadores – Foursquare, Brightkite etc – e nem sequer usar redes que não têm tanto tráfego assim – fato que fez candidato parar de atualizar o perfil há dois meses do fim da eleição: pior foi não tirar o botão de link da home da página principal.Outro fator é a convergência em busca de parcerias estratégicas e doações. Apenas para citar um exemplo, por que não buscar um concurso de camisas de campanha feitas por simpatizantes e com renda revertida para a campanha? Recursos e disseminação viral, dobradinha campeã de qualquer elei(a)ção.

Hesitação ante ao clique

Muito provavelmente devido à indução das pesquisas e da mídia – que mostraram a eleição decidida com extrema antecedência e por muito tempo a polarizaram entre apenas dois candidatos – parece que os internautas entraram nesta eleição sem tanta motivação como a que vimos no Rio, quando da disputa de Paes e Gabeira pela prefeitura da cidade. Vale registrar que Gabeira não conseguiu repetir o mesmo feito em sua atual eleição para governador.Afirmar que houve pouco envolvimento é fácil; difícil é entender por que não se buscou envolver mais o eleitor no processo democrático – ou porque este não quis se envolver.No caso do Rio é relativamente fácil: Cabral, atual governador, conta com apoio amplo e irrestrito do governo federal e conseguiu, estatisticamente provado, reduzir a insegurança – mal que afligia 12 em cada 10 cariocas. O fato da educação andar de mal a pior é pouco ou nada percebido pelo eleitorado e pouco ou mal explorado pelos adversários nesta campanha.Agora é dar boot no sistema eleitoral, F5 para refrescar a memória do eleitor e alt+tab para mudar para o programa cidadania 2.0 para que, enfim, o eleitorado brasileiro entenda que se ele muda e participa, o Brasil muda e cresce junto: é a propriedade emergente da biologia explicando o potencial inerente da colaboração.

A realidade é que o virtual não atualizou a atualidade

O que mais se acompanhou no Twitter, por exemplo, foram ataques de pessoas com posturas previamente definidas e muita zoação. O desrespeito à figura humana dos candidatos se baseou no pseudo-anonimato das interfaces frias que serviam de escudo no calor do embate e acusações mútuas, a maioria oriunda de pessoas mal intencionadas ou mal informada, como ressalta bem Cris Dias.Por outro lado havia “novas emissoras” e “centros de opinião”, como os comentários ao vivo de Luis Nassif na Twitcam e tantos outros ainda anônimos no processo de se tornarem novos formadores de opinião.Tudo muito envolto ainda em emoções e manifestações do ego e pouca colaboração por parte do eleitorado na construção de propostas – espero estar cometendo uma gafe aqui e que eu é que não tenha visto, ouvido ou acessado uma proposta pioneira; se tiver alguma, por favor, gostaria de tomar conhecimento: algo que tenha levado à interação do cidadão e não apenas à participação.

Democracia é para poucos – participando do passado, interagindo com o futuro

Explico: quem interage faz parte do Todo e tende a seguir compondo o processo, enquanto quem participa toma parte de um momento, sendo uma troca mais pontual – ou seja, o processo democrático continuou igual, apenas através de novos meios: as pessoas querem participar do (seu) momento, mas não interagir (com o país). Antigos hábitos com novas tecnologias dá em…? Spam e desrespeito pelo cidadão.Muitos candidatos sem responder aos contatos feitos via Twitter, Facebook, e-mail e sites sem poder de interação e pouca integração com redes sociais e aplicativos.Algo que tarda – e muito – em ser aplicado é um sistema de busca eleitoral inteligente: determinar parâmetros de pesquisa para a indicação de candidatos de acordo com determinadas características do eleitor.

Assim na web como em qualquer canto

Mas este (mau) uso de novas tecnologias por parte dos candidatos não se restringe à web: espalha-se por toda rede digital.Vejamos o uso de pessoas portando TVs de LCD nas costas e passando propaganda política para divulgar o candidato em meio ao povo em lugares e de maneira inusitada. Ou ainda uma Kombi antiga que circula com moderníssima TV de LCD de 3 metros.A primeira reação de risada seguida de gargalhada e palavras como “genial” dão espaço para a preocupação com as costas do novo Homem-TV; mas tudo se dilui em meio à ilusão do progresso tecnológico e emerge como opinião cortante: uso de novas tecnologias com antigos hábitos!São novos hardwares com antigos softwares: monólogos políticos ao invés de diálogos cívicos.Ao invés de TVs, deveriam levar postos de interação, onde o cidadão poderia escrever ou gravar sua crítica, dar sua sugestão ou simplesmente elogiar e manifestar seu apoio. Integra e ainda cria conteúdo.

Moderno, não?

Se este tipo de uso é ou não uma boa tática é questionável.Para convergir os interesses, sim, é: aumenta a lembrança do candidato incluir no mix de comunicação maneiras inusitadas de aparecer em lugares ainda não ocupados pela concorrência – enfim, o trivial da comunicação e do marketing; resposta default.Simplesmente você tem que estar nos twitters e demais praças da vida.Mas ainda me parece que o público-votante, principalmente das classes A, B, C – não quer mais só ouvir falar: quer debater e dialogar para construir este país. Ou ao menos deveria.Está se atuando e debatendo de maneira ainda 1.0 enquanto deveríamos estar construindo o país 3.0. A saber: 1.0, era do monólogo e do poder centralizado; 2.0 fase do início da convergência e descentralização; 3.0 consolidação dos esforços em uma Era da Consciência coletiva erigida pelo esforço individual.

A voz digitalizada do meio

Filipe Dias, meu aluno na ESPM-Rio, relatou a experiência de sua segunda eleição presidencial tangibilizando a relevância da web neste processo da seguinte maneira:- Os sites dos candidatos serviram para acompanhar sua história, seus vídeos de campanha, suas propostas e um clipping de notícias veiculadas em outros meios sobre eles.- Os sites de busca serviram como referencial, principalmente na procura de históricos e notícias antigas que estavam esquecidas ou que não eram de meu conhecimento.- Através de sites como Ficha Limpa e Transparência deu para acompanhar a situação dos candidatos e outras informações bastante importantes como freqüência e relevância das propostas.- Através dos portais deu para tirar dúvidas referentes à votação, além de acompanhar análise de jornalistas e as pesquisas de intenção de votos.- Através do Twitter e do Facebook deu para acompanhar em tempo real como as pessoas (eleitores, políticos e jornalistas) se comportam durante os debates e durante as notícias que saíam. Em relação aos candidatos, uma aproximação maior, mas ainda com mínima interação.O também aluno Leonardo Solé afirmou ter recebido muitos e-mails de amigos, mas acabou não lendo a maioria já que “não é muito de política”.Para ele, houve ataques mútuos, mais de Serra contra Dilma. Já para Filipe, o meio foi mais informativo e de auto-informação dos candidatos. Para ele, os ataques ocorreram no momento em que não havia argumentação ou que a “paixão” tomou conta. “Não vi nenhum ataque claro entre os candidatos, mas vi candidatos de cargos inferiores aos da presidência, super valorizar os presidenciáveis”.Para a residente da capital e budista Ana Lúcia Almeida, a web “serviu para acompanhar superficialmente as polêmicas que foram aparecendo, para se informar sobre as estratégias de campanha dos três principais candidatos a Presidente e para não ter que acompanhar pela TV”.

A voz nas vias além do digital

Fernando, 27, cearense que trabalha como garçom no Rio, incentiva os colegas de trabalho a usar e-mail e se incluir digitalmente, mas ele mesmo não gosta de política e não busca interagir com ela nos meios digitais – muito menos seus colegas.Enquanto escrevo este artigo, mãe e filho conversam na mesa atrás de mim em um restaurante conhecido da classe média carioca em plena Zona Sul. No meio do burburinho ouço, enquanto passa a pesquisa derradeira dos candidatos no JN, que “já que a Dilma vai levar mesmo tendo segundo turno, o jeito é votar nela logo pra não ter que ir mais uma de uma vez votar”. E estamos falando em “elite”…

A voz nas vias aquém do digital

Após este registro, contemplo as cenas dos comícios e dos correligionários tomados pela emoção da paixão, além de toda razão, inflando comícios e comícios inflando discursos.A cena por um lado bela é diametralmente grotesca, pois não contempla a troca de ideias e a construção do diálogo cívico; um belo momento para se refletir sobre o aspecto do que é democracia. A web e seus encontros multifacetados nos convidam a esta reflexão.

A pergunta de 100 mil votos

O que afasta o eleitor de interagir e participar do processo eleitoral de maneira mais interativa? Será que é a descrença na política, a falta de cultura de interação ou um misto de ambos?Pelo visto, por mais que haja novas ferramentas estas não causarão mudança qualquer enquanto não houver uma mudança de mentalidade; que, paradoxal, sutil e lentamente, ocorrerá devido às mudanças impostas pelo confronto da mente estagnada com as novas ferramentas.A abertura para a interação democrática está aí para todos; conecta-se quem quer. Ser cidadão é, com o advento digital, questão de vontade de poder. É a rede conscientizando o indivíduo de seu real poder e valor.A verdadeira revolução humana se dará na e através da rede. E o Brasil tem todo potencial para conduzir este processo.

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Un ciber-representante es un político que pertenece al nuevo milenio, independientemente de si se trata de un parlamentario nacional, regional o un concejal de un municipio rural, el ciber-representante considera al Internet como una herramienta comunicacional prioritaria y estratégica que le permite tener una comunicación amplia, satisfactoria y (lo más importante) BIDIRECCIONAL con aquellos a quienes representa. El ciber-representante entiende que comunicación política y buenos gobiernos son sinónimos y por ello concede el valor que merecen las nuevas herramientas, que potencian la comunicación personalizada y persuasiva.

  1. Use el Internet para comunicarse
    Bien en la esfera privada o en las comunicaciones masivas, la interacción es la más valiosa de las potencialidades del Internet, aprovechelas tanto para oir como para hacerse oir.
  2. Cree listas y use el Internet para diseminar su información
    Como parte de sus responsabilidades oficiales o como medio de comunicación para el trabajo de partido o en campaña, anime a sus allegados a suscribirse a sus listas de envio unidireccionales. Las páginas web tienen una capacidad limitada en este sentido porque la gente raramente visita las misma páginas una y otra vez. Las listas de envio son herramientas poderosas en las que usted puede distribuir su mensaje a costos mínimos.
  3. Sea respetuoso de las reglas elementales de convicencia en la Red (net-tiquette)
    No envie correo barura, que causa hastío y rechazo en el elector; envie sus mensajes electronicos personalmente, nunca envie largas listas de encabezados que incluyen montones de direcciones electrónicas e irrespetan la privacidad de sus representados. Procure hacer amigos por la Red, nunca enemigos.
  4. Promueva la democracia electrónica entre sus allegados y en sus áreas de influencia.
    Facilite la discusión virtual sobre asuntos de interés público, promueva cabildos abiertos virtuales de discusión sobre los temas de interés de su comunidad, promocione la idea de transparencia de la información a través de la Red. La democracia electrónica tiene grandes posibilidades de mantener la legitimidad y mejorar la democracia, aprovéchelas!!!
  5. Use al Internet para conectarse con colegas alrededor del mundo.
    El Internet es una valiosa forma de establecer relaciones internacionales entre colegas, con los que compartir experiencias e intercambiar ideas.
  6. Use el internet para acceder a la información.
    Hay exceso de información en internet, sólo con constancia y experticia logrará encontrar lo que realmente le interesa. Enviar preguntas a grupos de discusión centrados en los temas que le interesan es un buen comienzo.
  7. Use al Internet para acceder INTELIGENTEMENTE a la información
    Apóyese en herramientas de búsqueda como Google y en árboles de intereses como Yahoo!, aprenda cómo trabajan. Encuentre sitios con intereses similares al suyo haciendo búsquedas inversas, por ejemplo “link: www.datastrategia.com” le ayudará a encontrar en Google o Alta Vista las páginas que hacen links con la suya.
  8. Use al Internet para proveerse de información automática.
    Suscribase a las listas y boletines electrónicos de información, Politired u otros) a fin de mantenerse actualizado y siempre bien informado.
  9. Use al internet para investigaciones de inteligencia.
    Emplee el Internet para monitorear continuamente las novedades en los sitios que más le interesan o, incluso, para enterarse de primero de las novedades en los sitios de sus oponentes políticos. Pueden usarse herramientas como las que provee Spy On It para tener monitores automáticos de las novedades en sitios de particular interés.
  10. Promueva servicios integrados para sus colegas representantes políticos en su partido.
    Trate de brindar servicios uniformes con los de sus colegas, y que la organización que les agrupe provea recursos y servicios tecnológicos que faciliten el usos de las nuevas tecnologías.

Es usted un ciber-representante? Está dispuesto a serlo? En e-lecciones.net estamos deseosos de ayudarle a dar los primeros pasos…

Fonte: e-lecciones.net

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Por Rui Maciel, do IDG Now!
Publicada em 07 de julho de 2010 às 19h21
Atualizada em 07 de julho de 2010 às 19h25

O que você (não) pode fazer na hora de propagar as idéias do seu candidato na Web. O TSE promete ficar de olho!

As eleições de 2010 serão as primeiras no Brasil onde a Internet desempenhará um papel essencial para os candidatos. Isso porque, além dos partidos, milhares de simpatizantes se mobilizarão para ajudar a eleger seus postulantes aos cargos públicos, seja via blog, via Twitter, via e-mail ou qualquer outra ferramenta de longo alcance.

“A Internet no Brasil é usada muito mais para propaganda negativa de candidatos, do que para mobilizar os eleitores ao debate e ao trabalho de campanha”, afirmou Alexandre Atheniense, professor do curso de pós-graduação de Direito Eleitoral da Escola Superior de Advocacia da OAB-SP e especialista em Direito Eletrônico . “Nos EUA, isso já é muito mais evoluído, já que o ambiente fomenta uma relação entre o candidato e o eleitor, até mesmo na questão de doações, onde a campanha que elegeu Barack Obama fez com muita eficiência e arrecadou grandes quantias”.

A opinião é compartilhada por Leandro Bissoli, advogado especialista em Direito Digital e sócio do Patrícia Peck Pinheiro Advogados. “Nas eleições norte-americanas na Web, quem combatia as difamações era o próprio eleitor. E ele também funcionava como um cabo eleitoral eficiente, mobilizando jovens e arrecadando fundos”. 

E, ao contrário do que muitos pensam, a Internet não será uma terra de ninguém nas eleições brasileiras. Em outras palavras, calúnias, injúrias e difamações contra adversários políticos já estão sendo devidamente monitorados pelos militantes e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que regulamentou o uso da Web em campanhas a partir do projeto de lei 5984/09, de dezembro de 2009 – está sendo ágil na hora de punir os infratores. “A percepção de que a Internet será um território de vale-tudo nessas eleições é equivocada”, disse Alexandre. “O TSE, deixou bem claro o que será e o que não será permitido nas campanhas e vai punir os excessos com rapidez”.

A seguir, confira os cuidados que você deve ter na hora de apoiar seu candidato nos principais canais de comunicação na Internet:

BlogsConhecidos como um dos principais meios do internauta manifestar sua liberdade de expressão, os blogs terão vigilância rígida durante a campanha eleitoral. A começar pela eliminação do anonimato. “O TSE foi bastante enfático na nova lei quanto ao anonimato, que está totalmente proibido. A entidade não quer passar a falsa impressão que privilegia essa tática”, declarou Atheniense. “Logo, quem pretende criar uma página do gênero para apoiar a candidatura deve se identificar e responderá por qualquer excesso que ocorra no site e seja denunciado”.

Segundo o especialista, tanto os textos postados pelo dono do blog quanto os comentários que são feitos na página têm o mesmo peso na consideração do teor ofensivo.  Em outras palavras, o blogueiro pode ser multado e até mesmo ter o seu site retirado do ar. “O dono do blog pode ser considerado um responsável solidário pelo conteúdo publicado na página, já que ele deveria exercer a moderação e não o fez”, explica Alexandre.

Além disso, todo e qualquer tipo de site, que não o do partido, está proibido de inserir qualquer tipo de propaganda política – como, por exemplo, banners – seja em grandes portais de notícias, seja em blogs de qualquer tamanho.  No entanto, textos de endosso emitidos pelos partidos poderão ser publicados.

Twitter e outras redes sociais

A lei que regulamenta o uso da Internet nas eleições considera que as regras válidas para os blogs são válidas também para outras ferramentas de comunicação como o Twitter e também redes sociais. Em suma, o criador dentro de uma comunidade dentro do Facebook ou Orkut será responsável pelos textos publicados naquele espaço e também em moderar os comentários emitidos.

E o Twitter também entra nessa dança: “Ao contrário do que muitos pensam, o Twitter também não será uma terra sem-lei nessas eleições”, disse Alexandre. “É difícil imaginar que um candidato (no caso sua equipe de Web) não esteja monitorando tudo o que é dito acerca do seu nome, até para poder reagir aos ataques que considerar como calúnias”.

E-mails

As eleições 2010 serão as primeiras no Brasil a contar com uma lei específica de combate ao spam. Isso porque ela diz que os partidos podem criar um e-mail marketing, desde que qualquer mensagem eletrônica permita ao destinatário requerer seu descadastramento. E isso tem de ser cumprido em até 48 horas do recebimento da solicitação, sob pena de multa de até 30 mil reais ao partido e ou candidato. Além disso, a venda de mailing aos partidos está proibida.

O direito de resposta   

Com regras claras para meios de comunicação como TV, rádio e impressos, surgiu a dúvida de como o TSE implementará o direito de resposta a um candidato que se sinta prejudicado nos meios virtuais. Segundo Leandro Bissoli,  ainda não há uma jurisprudência para esse tipo de caso na Internet. “No Twitter, por exemplo, se você foi ofendido em 140 caracteres, você poderá replicar em 140 caracteres? Acredito que o TSE deva se pautar pelo o que ele já faz em outros meios de comunicação”, afirmou ele. “Ou seja, os direitos de resposta poderão ser postados em blogs e comunidades e ficar visíveis em partes de destaque dos sites durante um determinado tempo”.

Boca de urna virtual

Essa será uma outra vantagem da Web na hora do candidato aferir suas chances nas eleições. Proibida em meios físicos até 48 horas antes das eleições, os políticos poderão monitorar suas chances sem qualquer tipo de restrição na Internet. “A vantagem é que ele poderá fazer isso antes, durante e depois das votações, o que lhe dá uma perspectiva geral das suas chances”, afirmou Bissoli. 

Provedores

Outro ponto que Alexandre destaca na participação da Internet nessas eleições é o papel dos provedores.  Para ele, os provedores também precisarão tomar cuidado, já que também podem ser acionados pelo TSE como responsáveis solidários. “Os provedores terão de ser mais ágeis e se preocupar mais em monitorar os blogs”, declarou o especialista. “Não acredito que eles farão um monitoramento prévio dessas páginas, mas eles terão de ser bem ágeis na hora de retirar algum conteúdo considerado ofensivo pelo TSE. O ideal seria a realização de uma campanha que esclareça melhor os riscos de tais excessos, mas não acredito que isso vá ocorrer”.

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Interessante como a própria preparação das campanhas já são as campanhas de fato. Neste video é apresentado o modelo que orientará a estratégia da Dilma na internet. Já estou curioso para ver como, na prática, se dará todo este projeto.

Jirrés Edmundo
SoL-Políticos

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Por Redação do IDG Now!Publicada em 06 de abril de 2010 às 18h48Atualizada em 06 de abril de 2010 às 18h49

Marcelo Branco se afasta da Associação de Software Livre para assumir posto de estrategista em redes sociais da campanha da pré-candidata do PT.

Marcelo Branco, ex-diretor geral da Campus Party Brasil e ex-coordenador geral da Associação de Software Livre, anunciou que será responsável pela estratégia em redes sociais na campanha online da pré-candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff, à Presidência.

Branco trabalhará junto à Pepper Comunicação, agência de publicidade de Danielle Fonteles contratada pelo PT para fazer a campanha de Rousseff na internet.

Como consequência, Branco pediu afastamento da ASL na segunda-feira (4/6) “por razões profissionais, que me demandarão um intenso trabalho e dedicação no próximo período”, afirma o comunicado.

No final da edição 2010 da Campus Party, Branco também já havia anunciado seu desligamento da Futura Networks, organizadora da Campus Party.

Branco oficializou duas informações confirmadas ao IDG Now! nos últimos meses sobre a maneira como o PT vinha montando sua equipe para a campanha na internet: a contratação da Blue State Digital, comandada por Ben Self, e da Revolution Messaging, liderada por Scott Goodstein.

Tanto Self como Goodstein fizeram parte da campanha do então candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, e, questionados sobre o assunto em visitas ao Brasil, se esquivaram sobre o papel que teriam na estratégia online do PT.

Segundo Branco, o PT usará “a experiência (da Blue State Digital e da Revolution Messaging) no uso das ferramentas. O marketing de campanha será feito por brasileiros”.

“Não me contrataram para postar (conteúdo) favorável à Dilma. Isto eu faço isto por convicção. Me contrataram para organizar a equipe”, afirma Branco. Segundo ele, sua responsabilidade passará também pelo uso da internet como forma de organizar manifestações partidárias offline.

Por regra imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha eleitoral para as eleições 2010, que elegerão presidente, senadores e deputados em outubro, começa apenas no dia 6 de julho.

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